Como usar o Blue Velvet
Usar o Blue Velvet é bastante fácil. O importante é exportar a linha do tempo apenas quando a versão dos cortes for final, para que tanto o editor de vídeo como o técnico de áudio trabalhem usando a mesma versão.
Figura 1: Com os cortes já feitos, o projeto já está pronto para ser exportado. Note, na imagem ao lado, que há alguns vídeos e áudios deliberadamente mutados ou bloqueados na Linha do Tempo. Tudo o que for faixa de vídeo, efeito ou imagem será ignorado pelo Blue Velvet.
Figura 2: Uma dica e, por que não, uma boa prática é arrumar os áudios similares na mesma trilha (channel) dentro da Linha do Tempo do Blender antes de fazer a exportação. Isso vale principalmente para documentários, em que trechos de uma mesma entrevista ou sons captados com ruídos de fundo similares aparecem em momentos diferentes ao longo da linha narrativa. São esses os áudios que terão o tratamento parecido dentro do Ardour, e é lá que essa arrumação fará ainda mais sentido.
Figura 3: Antes de prosseguir, salve o projeto. O Blue Velvet não fará nenhuma alteração nele, mas usará do caminho do local onde o projeto está salvo como referência ao ser executado.
Figura 4: A imagem ao lado mostra o detalhe com o nome do projeto e o caminho de onde está armazenado.
Figura 5: Este é um bom momento para revisar as configurações de áudio usadas no seu projeto. O Blue Velvet as usará como referência e você precisará delas ao criar um projeto no Ardour. No exemplo da imagem (use o atalho Ctrl + Alt + U para chegar a esta tela), temos um áudio estéreo de 16 bits e 48 kHz de amostragem, uma configuração bastante comum em projetos de vídeo.
Figura 6: No menu principal, entre em “File > Export > Ardour (.ardour)”.
Figura 7: É recomendável criar uma pasta específica para exportar o arquivo com os cortes (.ardour) e os arquivos de áudio. Crie-a e navegue até ela nesta tela. Então, dê o nome para o arquivo a ser lido pelo Ardour (é o mesmo .ardour) e clique no botão “Export to Ardour”, no canto superior direito da tela. O Blender congelará enquanto processa os cortes – o tempo vai depender do tamanho do seu projeto.
Figura 8: Ao final, dentro da sua pasta você terá um arquivo .ardour e outro diretório, cheio de arquivos de áudio. Na prática, o Blue Velvet puxa os áudios usados no projeto de edição dos vídeos originais e os copia para cá sem perdas de qualidade e sem alterar os vídeos de origem. No exemplo, usamos apenas um vídeo como base para todo o projeto de edição, mas o normal é haver vários arquivos .wav dentro dessa pasta.
Figura 9: Inicie o Ardour. A partir daqui, se você não está com o Blender configurado para usar o Jack, feche-o, senão ele impedirá o Ardour de usar as saídas de áudio.
Figura 10: Dê um nome para a sua sessão do Ardour e aponte o local onde quer que ela seja salva. Como o programa cria um monte de pastas ao gerá-la, use a mesma pasta na qual havia exportado o projeto do Blender. Nas opções avançadas, é possível pedir ao programa conectar-se automaticamente às entradas e saídas de áudio do sistema.
Figura 11: Na tela seguinte, de configurações, use as mesmas características do projeto do Blender, com áudio a 48 kHz.
Figura 12: Pronto, a sessão está criada. Agora, é preciso abrir o projeto exportado do Blender. No menu principal do programa, vá em “File > Open”.
Figura 13: Selecione o arquivo com a extensão .ardour, exportado do Blender.
Figura 14: Na tela ao lado, vemos que os cortes de áudio estão exatamente iguais aos da Linha do Tempo do projeto de edição (veja a Figura 2, acima).
Figura 15: No detalhe, repare que as faixas que estavam mutadas no Blender aparecem no Ardour com “!!” no nome, enquanto as que estavam bloqueadas na trilha aparecem com o nome entre os sinais “>” e “<".