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Velvet Revolver – Edição em proxies



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Introdução à edição em proxies

Vídeos em alta resolução são uma carga bastante pesada para o sistema na hora da edição. Isso se dá não só pelo tamanho dos quadros, mas também porque as câmeras de gravação tipicamente usam codecs baseados em estimativa temporal (como o h264) para comprimir os arquivos, aumentando a carga de CPU usada e gerando imprecisão nos cortes, devido ao intervalo entre os quadros-chave (keyframes) que armazenam as informações principais.

É por isso que, ao começar o projeto de edição, é comum baixar a resolução dos arquivos e, ao fazê-lo, usar codecs de compressão intraframe como o ProRes ou o MJPEG. Nesses codecs, toda a informação relevante de compressão fica armazenada em cada quadro (frame), em vez de em quadros-chave (keyframes) posicionados a cada 30 ou 60 quadros.

Esses arquivos com resolução menor costumam ser chamados de ‘proxies’ – termo usado para definir qualquer coisa que sirva como intermediária, normalmente por um período determinado de tempo, para se chegar a algum fim. No nosso caso, usamos vídeos em resolução próxima à SD (ou standard definition) como intermediários para deixar o sistema mais leve ao fazer os cortes, que constituem a parte pesada do processo de edição. Ao final do projeto, voltamos a apontar para os arquivos em alta resolução para tratamento de cor e render final.

O Velvet Revolver busca automatizar o processo de criação dos proxies para que você não tenha de se preocupar com toda a parte técnica. E uma vez que você não vai querer entrar em um projeto complexo de edição usando vídeos em h264, ou com taxa de quadros (FPS) diferentes devido à limitação do Blender em misturá-los, o complemento também possibilita criar cópias do seu material original nos codecs ProRes422 ou MJPEG, que são os melhores formatos para edição de vídeo. A geração dos proxies e das cópias em alta resolução pode ser feita junta ou em separado. Como atalhos, o Velvet Revolver usa o Ctrl+Shift+P para apontar a linha do tempo para os vídeos em alta resolução e Ctrl+Alt+P para apontá-la aos arquivos em baixa resolução.

Assim, a descrição de um processo típico de edição com proxies seria: capturar os vídeos; copiá-los para o computador; usar o Velvet Revolver para fazer o processo de criação de proxies e, se quiser, das cópias em ProRes ou MJPEG; deixar a máquina processando enquanto você vai fazer outra coisa como almoçar, descansar ou namorar; usar os proxies para fazer os cortes e estabelecer a linha narrativa; fazer vários renders intermediários ainda em resolução SD para checar como o vídeo está ficando. Com os cortes prontos e em versão final, o processo é: usar o Velvet Revolver para apontar o projeto para os vídeos em alta resolução (a 720p, 1080p ou superior); fazer o tratamento de cores e fazer o render final.

A tabela abaixo, fruto de uma pesquisa feita ao início de 2013 como parte do workflow de trabalho do projeto Floresta Vermelha, evidencia o porquê é interessante usar proxies na edição.

blender_render_tests2

Um projeto que use vídeos de proxy em codec MJPEG e áudio em PCM gerará esses renders intermediários quase 4x mais rápido do que o mesmo projeto em alta resolução. A escolha dos codecs também influencia radicalmente a velocidade com que isso é feito: o mesmo projeto usando proxies e renderizando nos codecs MPEG4 e PCM fará isso 5x mais rápido do que se usasse os codecs H264 e PCM e 16x mais rápido do que um projeto em alta resolução renderizando nos codecs H264 e PCM. Todos os testes foram feitos usando o conteiner Matroska (extensão .mkv).

Note que os renders ao longo do processo de edição são feitos diversas vezes, o que torna esses números particularmente relevantes. A mesma observação é válida para renders que tenham imagens still como base – algo útil, por exemplo, para o render final, já com tratamento de cor. Renderizar os quadros em JPEG ou TGA é bem mais rápido do que em TIF (7x e 4x, respectivamente) e radicalmente mais rápido do que usar PNG (35x e 20x, respectivamente). Veja abaixo.

blender_render_tests1

Como instalar o Velvet Revolver

Para instalar o Velvet Revolver, clique no link abaixo para ir para a Área de Downloads do site.



Última atualização dos complementos Ir para a área de downloads


Uma vez baixado, o arquivo com o Velvet Revolver (velvet_revolver.py) está dentro de uma pasta zipada, junto com os outros complementos do Blender Velvets. Abra-a como faria com qualquer arquivo .zip e extraia-os para algum lugar de sua preferência (por exemplo, na Área de Trabalho).

Siga as instruções detalhadas de instalação para o Velvet Revolver descritas na seção Como instalar complementos, da página Como configurar o Blender para vídeo. Atente para as instruções relativas ao FFMPEG. Em seguida, defina a taxa de quadros por segundo (FPS) do seu projeto da forma descrita na seção Como começar um projeto de edição.